Para Executivos
Para Jovens
Ao ser chamado para uma entrevista, então é hora de começar a trabalhar. Por isso preparamos aqui dicas para uma excelente entrevista de emprego. É um passo a passo do que fazer antes, durante e depois da entrevista para aumentar sua chance de sucesso. Leia tanto para descobrir se a empresa é de fato seu lugar ideal para trabalhar, quanto o recrutador conseguir identificar se você tem a cara deles.
Primeiramente pesquise, pesquise pra caramba!
Pesquise tudo o que estiver disponível sobre a empresa em questão. Investigue principalmente sua história, ramo de atuação, principais clientes e fornecedores, produtos e serviços, momento atual (sucessos, insucessos, bons ou maus resultados), para onde está direcionando seus investimentos e quais são seus desafios de mercado.
POR QUÊ? Isso te ajuda a fazer perguntas sobre o negócio (mostra interesse, preparação e entendimento sobre o assunto) e entender realmente o momento da empresa, o quanto ele é favorável para sua área, o que é realmente esperado de você.
Pesquise sobre a cultura da empresa. Esse é o jeito como as coisas acontecem lá quando o chefe está longe. Cultura organizacional são as regras não escritas, o que é importante de fato, os costumes, as leis internas. Para isso, conversar por exemplo com profissionais, fornecedores, clientes e pessoas que já saíram da empresa amplia sua visão.
POR QUÊ? Isso te ajuda a saber como as coisas funcionam internamente e se essa forma é aderente ou contrária ao seu jeito. De fato de que adianta você fingir uma coisa que não é apenas para conquistar a vaga? Uma vez na empresa, o fingimento logo é descoberto.
Interpretar um personagem é exaustivo, diminui as chances de você ser feliz naquele ambiente. Por isso é muito importante trabalhar em um local condizente com o que você gosta, acredita e valoriza. Se for apenas uma questão de salário, inegavelmente o efeito se perde após 3 meses da contratação.
Pesquise então sobre o segmento da empresa – potencial, tendências, concorrentes, ameaças e oportunidades (devido a mudanças políticas, econômicas, tecnológicas ou sociais), produtos substitutos, política de preços. Entenda o que o cliente busca e além disso quais são os atributos que o fazem preferir um dado produto, serviço ou fornecedor.
POR QUÊ? Isso te ajuda a entender o posicionamento da empresa no mercado – se é líder, inovadora ou conservadora. Isso também indica se o ambiente competitivo tende a ser mais agressivo ou menos, assim como as implicações para o seu trabalho e fit com o seu perfil.
Pesquise sobre o entrevistador, quem é, sua idade, estado civil, formação, histórico profissional, hobbies, interesses. Inegavelmente as redes sociais e o Google são uma mão na roda nesse momento.
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POR QUÊ? Estudando previamente o entrevistador ajuda a encontrar um ponto comum, seja a cidade de origem, amigos em comum, um curso que você tem curiosidade em fazer e ele já fez, um professor marcante ou hobbies compartilhados. Certamente isso será muito importante quando você encontrar com o entrevistador pela primeira vez. Primordialmente a tensão de interagir com o desconhecido é real para as duas partes, quanto melhor você quebrar o gelo inicial, mais natural e fluida será a conversa. Por isso falar de pontos em comum faz toda diferença aqui.
Ao escolher sua roupa, pesquise antes como as pessoas da empresa se vestem. Com o intuito de ter precisão pergunte a quem trabalha ou trabalhou lá. Além disso, use novamente a internet, procure fotos dos profissionais no ambiente de trabalho.
Na dúvida, menos é mais. Então evite estampas, cores fortes, acessórios chamativos de gosto duvidoso, perfumes em excesso. Unhas feitas para as mulheres (nada de cores berrantes, desenhos e apliques pois o que pra uns pode ser legal pra outros, em especial em ambientes mais sóbrios, é over), sapato impecável e traje alinhado.
POR QUÊ? Você quer ser percebido como semelhante. Já que a imagem é o primeiro passo nessa direção, se você visualmente se parece ‘um deles’, a propensão a querer que dê certo com você é maior.
De preferência chegue 20 minutos antes para “ler” o ambiente, sentir a cultura da empresa, ver como as pessoas se comportam, se comunicam, o que elas valorizam (os símbolos da empresa). Aproveite para ler as publicações internas da empresa que ficam disponíveis na recepção. Além disso, imprevistos podem acontecer. Portanto, tenha sempre o telefone do seu entrevistador para avisá-lo se houver um contratempo.
POR QUÊ? Porque esse momento de observação é uma fonte importante de informações sobre a empresa, o momento e a cultura vigente. Isso pode ajudar bastante na sua escolha de um melhor quebra gelo e no refinamento das suas perguntas. Além disso a observação contribui para sua autoanálise de aderência à empresa. Portanto chegar antes também te ajuda a se sentir mais à vontade e reduz a ansiedade.
No primeiro contato com o entrevistador é fundamental criar uma conexão positiva. Assim, ao se preparar para a entrevista você identificou pontos em comum com o entrevistador, com a empresa e/ou dúvida do que está acontecendo no mercado devido a uma recente notícia na mídia. Havendo abertura, use um desses temas para começar a conversa. Um entrevistador experiente também terá um quebra gelo preparado, mas o inexperiente pode ficar tão desconfortável quanto um candidato cru.
POR QUÊ? Porque uma entrevista é um processo que envolve certa tensão. A ansiedade de ser ou não escolhido, a interação com o desconhecido, o incômodo de estar sendo avaliado, em ambos os lados, só aumentam essa sensação. O quebra gelo ajuda a relaxar, cria conexões e aproxima as pessoas.
A menos que você já conheça bem o entrevistador, o cumprimento padrão no início de uma entrevista é o aperto de mão. Mão mole, suada e tremula diz muito sobre o ânimo, assertividade, segurança e autoconfiança da pessoa. Se na vida social você rotula o outro por isso, em uma situação profissional o mesmo acontece.
Durante a entrevista, responda às perguntas olhando nos olhos do outro. Não se trata de encarar, mas de dar respostas seguras, firmes, com precisão, sem ter nada a esconder. Olhar para baixo, desviar o olhar, denota dúvida, inconstância e pode abalar a credibilidade das suas respostas.
Relaxar em uma entrevista é muito saudável, mas não a ponto de sentar na cadeira como se você tivesse assistindo seu programa favorito no sofá. Ocupe a cadeira deixando a coluna totalmente aderente ao encosto e os braços visíveis para o entrevistador, gesticulando quando necessário, sem excessos.
A boa entrevista é aquela onde o candidato demonstra sua competência relatando situações vividas, ações tomadas e resultados obtidos de forma consistente. Erros fazem parte do processo e devem ser escondidos compartilhados junto com os aprendizados que surgiram de cada dificuldade e, principalmente, as melhorias que você promoveu a partir disso. Ressalte suas histórias, sempre REAIS, sem inventar, mentir nem omitir. A checagem de referências é uma prática comum na maioria das empresas. Mentir acaba sendo apenas uma postergação da descoberta.
2 ouvidos e 1 boca… obedecendo essa proporção, ouça bastante. Se o outro lado dá sinais de impaciência (atenção para chaves, celular, unha, ou ainda corta suas respostas) isso é sinal de que você está falando demais, o conteúdo perdeu a relevância ou a mensagem já foi captada. Se o entrevistador quiser mais detalhes e seu relato estiver insuficiente, deixe que ele faça mais perguntas te estimulando a falar.
Jamais aborde o tema sobre pretensão salarial por iniciativa própria. Seu foco deve estar nas oportunidades, desafios, perspectivas. Dinheiro deve ser consequência disso. Quando for a hora, esse assunto surgirá por parte do contratante.
Ao final, fique à vontade para perguntar sobre as próximas etapas do processo seletivo e tirar dúvidas que surgirem.
Boa ou ruim, a entrevista é sempre um momento de aprendizado. Agradeça o entrevistador, por e-mail (ou outro canal de comunicação que ele te disponibilizou) com uma nota gentil de apreciação ao tempo dele e insights obtidos com a conversa.
Caso vocês tenham falado de temas de interesse mutuo e, logo em seguida, você encontrar um artigo sobre o tema, um curso ou personalidade a ser consultada, compartilhe com ele.
Espere então que o entrevistador cumpra com o prazo mencionado para a resposta sobre sua aprovação/reprovação. Portanto, segure a ansiedade. Nada de cobrar uma posição antes do prazo mencionado. Passada a data limite, na ausência de qualquer contato, você pode enviar um e-mail educado perguntando se o entrevistador tem alguma novidade sobre o processo seletivo. Pronto! Você fez todo o possível para ser um bom candidato. Agora é só colher os frutos, boa sorte na sua carreira!
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Publicado em Fevereiro de 2016. Revisto e atualizado em Outubro de 2018. |