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Para Jovens
Escolher uma profissão é um ato que deve ser feito com muito cuidado. Sendo efetivado apenas quando se tem certeza da decisão a tomar.
Antigamente era comum fazer essa escolha seguindo as profissões ou vontades dos pais. Hoje mais alguns aspectos entram no fator de decisão. Com isso, é frequente se ter o salário, a profissão da moda ou o status como fatores decisivos de escolha. O que resulta em profissionais infelizes e desmotivados no trabalho. Acreditando que sua realidade e sentimento são os mesmos que de todos os outros e portanto normal. Afinal conquistou tudo aquilo que almejava.
Os motivos citados até agora estão longe do que é ideal de se analisar ao escolher a profissão. O que então deveria ser observado na reflexão?
Antes de começar a pensar em escolher uma profissão, é necessário dar um passo pra trás e se conhecer melhor, entender a própria personalidade. Ela é formada na infância e define seu modo de ser e agir. Mostra aspectos onde se tem ou deixa de ter habilidade natural.
Quando se recorre as fortalezas e a escolha da profissão é baseada no que faz de melhor e de forma natural, se alcança uma posição favorável. O que permite atingir o papel de destaque e o desenvolvimento das competências pode chegar em até 729%.
Em contrapartida, quando a escolha é feita mesmo com o perfil contrário ao cenário, a evolução potencial máxima se limita a 67%. Mesmo com esse número, isso ainda exige grande esforço do indivíduo. Tendo que assumir um personagem por estar em posição contrária ao seu natural. Gerando sua infelicidade e muitas vezes distúrbios psicológicos.
Então se você ainda desconhece o seu perfil ou tem dificuldade em fazer o cruzamento dele com as possibilidades, isso precisa mudar urgentemente. O que pode ser feito através de um mapeamento de perfil ou até mesmo de uma orientação de carreira.
Profissão e formação são a mesma coisa? Enquanto a formação é o que o indivíduo estuda a profissão é aquilo com que ele atua na prática. Assim, sem ser necessariamente sinônimos.
Em um exemplo mais claro, ao se formar em engenharia não quer dizer que o indivíduo trabalhará como engenheiro. Pois é possível atuar como docente, na indústria, com inspeção e fiscalização e em diversas outras frentes.
A primeira escolha estratégica a se fazer pensando na profissão, é a formação. Qual curso fazer, com qual se identifica, o que e onde estudar. Sobretudo as escolhas devem estar alinhadas aos objetivos, avaliando o que existe de mais forte em cada caminho disponível.
Opção tem de sobra, a cada ano que passa elas aumentam ainda mais. Mas o primeiro ponto de relevância ao pesquisar os cursos de interesse, são suas áreas de atuação. Com o que e onde eles permitem de fato que o profissional atue.
Dê preferência a cursos que são abrangentes, que permitam múltiplas frentes de atuação. Afinal, se uma função ficar em baixa no mercado ou deixar de existir devido o avanço das tecnologias e inovações, ainda restará outras alternativas. Até mesmo se enjoar do que faz ou querer ter experiências novas, isso ainda será possível sem ter que começar tudo do zero.
Como será que estão hoje em dia aqueles que fizeram um curso de datilografia há 30 anos atrás, que consistia em ensinar técnicas de digitação em máquina de escrever?
Cursos como engenharia, administração e biomedicina, são amplos, possuindo diversas possibilidades de atuação e especialização. Já outros como arquivologia e corretagem de imóveis, são pontuais e restritos, portanto devem ser evitados.
Em suma, normalmente acontecem mudanças ao longo da jornada profissional. Para isso a multifuncionalidade e multidisciplinariedade da formação e profissão abrem portas para novos rumos.
Escolher a formação e concretizá-la é apenas o começo da trilha de aprendizagem. O ato de aprender deve ser uma atividade constante na vida do profissional.
O mundo sofre evoluções todos os dias. Mesmo trilhando um caminho coerente, a ideia de que ao terminar a faculdade se tem o conhecimento necessário até a aposentaria, se tornou obsoleta. Hoje sendo indispensável se manter atualizado, sempre aprendendo para estar capacitado e ter a empregabilidade alta.
O conceito de aprendizado ao longo da vida que é conhecido como Lifelong learning. Sendo que quem o pratica deve estar aberto a novos conhecimentos e é considerado um eterno aprendiz. Ou seja, aprende fazendo continuamente o cruzamento de temas e com cada experiência, indo além da formação.
Se manter informado, atualizado e em constante aprendizado, faz com que o indivíduo esteja preparado para um ambiente repleto de oportunidades futuras. Certamente sendo essa uma habilidade do profissional do futuro.
Além da formação teórica se tem a prática, a experiência. Então antes de escolher a profissão é importante conhecê-la. Isso pode ser feito através de pesquisa, visita em empresas, conversas com profissionais da área ou fazendo trabalho voluntário.
É importante ter contato com as tarefas do dia a dia que a profissão enfrenta. Que devem ser realizadas e após isso solicitar feedbacks sinceros a fim de aprender com os profissionais experientes do mercado.
Mesmo que já estiver em fase de formação ou formado, com a escolha da profissão feita, ainda sim precisa atrelar a teoria à prática. Tirando a melhor proveito de cada uma delas isoladas e em conjunto. Nem tudo se aprende nas escolas de ensino, mas elas passam grandes bases que são necessárias no mundo corporativo. Desse modo, as duas se complementam e precisam ser exploradas ao máximo.
Leia também os artigos como cuidar da carreira profissional e Os 9 passos da mudança de carreira.
Publicado em Outubro de 2020.