Para Executivos
Para Jovens
Para entender como acelerar a construção de confiança no seu time, em primeiro lugar é preciso conhecer as variáveis que a compõem. A equação da construção de confiança de Maister, Green e Galford, é composta por quatro variáveis:
A credibilidade é o resultado de uma comunicação clara, transparente e genuína. Em síntese, é a relação entre o que a pessoa diz e o quanto isso é crível.
O aumento da credibilidade começa com a qualidade da comunicação. Em princípio, quanto melhor a didática e maior a clareza da cada troca de informações, maior é a credibilidade das palavras. Além disso, as técnicas de comunicação não violenta, a comunicação assertiva, a apresentação em público, o storytelling e a andragogia agregam valor aqui.
A consistência é o degrau que vem depois da credibilidade. Ela é o fruto da relação entre o que a pessoa diz x o que ela faz. É a integridade, a ligação entre a promessa e a realidade ao longo do tempo. Assim, a consistência aumenta a medida que existe resultado comprovado. Todo discurso crível certamente só se sustenta no longo prazo, quando está junto de provas concretas dos seus efeitos. Bem como dizem os entrevistadores, é preciso ‘muito excel para fazer valer cada slide de power point’.
Por isso aqui entram os gatilhos de motivação. Segundo o Reiss Motivational Profile, os seres humanos são estimulados por 16 gatilhos em maior ou menor grau. Considerando os motivadores de personalidade identificados no L.A.B.E.L. chega-se em 15 gatilhos. O híbrido entre os 2 modelos, aponta para 18 motivadores. O importante é que cada pessoa conheça os seus gatilhos, para priorizar tarefas conectadas a eles. Quanto mais significativa e motivadora é uma atividade, maior a chance da pessoa dar um gás adicional e fazer o que precisa ser feito. Seguramente o inverso também é verdadeiro.
A intimidade é o quanto a pessoa se sente a vontade para falar de assuntos desagradáveis, para dizer a verdade e abrir, se deixando vulnerável. Processo esse que é crucial para acelerar a construção de confiança. De fato, quanto mais competitivo é um ambiente, mais difícil é essa abertura.
Além da valorização de um ambiente mais aberto e colaborativo, a intimidade é alimentada pelo dia a dia e pela partilha de histórias marcantes. Com efeito, quanto mais o gestor compartilha as suas passagens, dores, tombos e aprendizados, e pergunta com interesse genuíno sobre esses aspectos para sua equipe, mais todos se sentem a vontade para se abrir.
A auto orientação se dá ao priorizar os interesses pessoais ou individuais em detrimento do todo. Quanto menor a auto orientação, maior o foco está no cliente, no objetivo da empresa e no time. Portanto se mensura a auto orientação pelo quanto se abre mão da própria agenda para priorizar a necessidade do outro.
Qualquer ambiente, contexto ou realidade é sistêmico e interdependente. Muitas vezes o indivíduo muito auto orientado costuma perder esse ponto de vista. Entretanto, a medida que ele entende sobre as correlações e o impacto da intra x inter orientação, tem maiores chances de conseguir fazer uma mudança de prioridade. Assim o benefício individual vira consequência do bom resultado do todo, ao invés de ser o foco principal.
Publicado em Março de 2019.