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Para Jovens
Teste de personalidade, psicológico, psicométrico ou comportamental são amplamente utilizados pelo mundo afora. Assim, em concordância com isso, seu uso vem crescendo por partes das organizações e pelos profissionais em suas carreiras.
Nesse sentido, um dos principais aspectos para levar em consideração antes de contratar qualquer ferramenta, é a forma com que a ela apresenta e interpreta os resultados. Dessa forma, um dos principais diferenciais entre os instrumentos é o fato de ser um teste de tipo ou de traço. Essa distinção, aparentemente sutil, resulta em muita diferença, que, dependendo de seu objetivo, pode ser a distância entre o sucesso e um desastre. Já que, infelizmente, poucas pessoas se atentam ou mesmo sabem do significado de cada um e do abismo entre eles, escrevo esse artigo.
O desconhecimento leva a fazer escolhas ruins e obter resultados irrelevantes ou pouco precisos, se tornando um desperdício dependendo do objetivo. Além de rasgar dinheiro e desperdiçar tempo, pode impactar de fato negativamente o futuro dos profissionais.
Então, continue lendo esse artigo e entenda o que é, como diferenciar, as vantagens e quando utilizar instrumentos de traço e de tipo.
Sumário
Ferramentas de tipo agrupam o indivíduo por semelhança. Na prática o mundo se divide em extremos, independente da intensidade de cada característica. Usando um exemplo concreto, a pessoa é extrovertida ou introvertida, se muito ou pouco, a interpretação e apresentação dos resultados é a mesma, binária.
Podemos dizer que uma pessoa extremamente introvertida, que gagueja para falar com alguém, sendo incapaz de olhar nos olhos do outro quando falam com ela, é igual à uma outra que não tem problemas para falar com as pessoas, mas se sente desconfortável ao fazer uma apresentação para uma plateia? Na ferramenta de tipo é isso que acontece, são as chamadas generalizações. Elas simplificam e reduzem um perfil a uma quantidade menor de variáveis, reduzindo a profundidade de análise.
Por fim, alguns exemplos de instrumentos que são de tipo: DISC, MBTI/PPA, QUANTI, Predictive Index, Quantum e Eneagrama.
Ferramentas de tipo podem fazer sentido em situações de agrupamento, onde o importante é fazer a divisão das pessoas e enxergá-las como um todo, mas sem ter a necessidade de analisar o indivíduo como único e a intensidade de suas características. Ou seja, isso acontece em treinamentos de grandes grupos, quando se deseja encontrar rapidamente semelhanças.
As ferramentas de traço colocam o mapeado em uma escala, onde é possível ver a intensidade de cada característica, assim tendo a percepção individual dele como único.
Dessa forma, o teste de personalidade de traço, se quisermos olhar se uma pessoa é introvertida, ele vai ver o quanto ela tem essa característica presente, ao invés da forma binária dos tipos. Aqui a intensidade é observada no detalhe. Então ele diz se o mapeado é muito introvertido, ao ponto de ser incapaz de olhar nos olhos do outro quando falam com ele, ou se é só um pouco introvertido, se sentindo desconfortável para fazer uma apresentação para uma plateia. Afinal, essas duas pessoas, por mais que sejam introvertidas, são bem diferentes. Portanto, levando para o mundo empresarial, uma delas pode ser compatível com uma posição e a outra incompatível, pelo nível de introversão ser o suficiente para a atrapalhar e fazê-la infeliz nesse determinado cargo.
Por fim, alguns exemplos de instrumentos que são de traço: L.A.B.E.L. e Socr@t-s.
É crucial utilizar uma ferramenta de traço quando tem a intenção de diferenciar pessoas. Por exemplo, em casos de seleção, promoção ou sucessão, ter clareza sobre a polaridade e a intensidade de cada característica é fundamental. Dessa forma, dois candidatos de mesmo tipo, têm suas diferenças evidenciadas, indicando de forma exata qual deles tem maior potencial para um dado desafio.
Ferramentas de tipo são binárias, visto que o mapeado é uma coisa ou outra, ela mostra o preto e o branco sem demais opções. Já uma ferramenta de traço mostra a intensidade de cada uma das características. Nela você tem o preto e o branco, mas além deles, todos os tons de cinza do meio do caminho, indicando exatamente em que posição o mapeado está entre as duas extremidades.
Quem aplica uma ferramenta de tipo recebe um relatório padrão, pois para cada característica a pessoa é ou de um jeito ou de outro. O texto também é o mesmo para todos dentro daquele determinado tipo, como as respostas padronizadas.
Já uma ferramenta de traço verdadeira de fato, nunca apresenta relatório pronto e instantâneo. Isso acontece pois é preciso analisar para cada característica a intensidade dela e sua interdependência com as demais, sendo as respostas únicas e exclusivas para cada indivíduo. Nela os textos são customizados, ao passo que nenhum relatório é igual ao outro, nem a parte gráfica, nem a parte textual.
TIPO | TRAÇO |
Agrupar pessoas (características comuns) | Diferenciar pessoas (características do indivíduo) |
Número restrito (2 à 20) | Abundantes (centenas) |
Fundamentais (descrevem a essência da personalidade de um indivíduo) | Fundamentais e superficiais (descrevem a personalidade de um indivíduo) |
São conjuntos organizados de traços | Unidades na análise da personalidade |
Exclusivos (em teoria, um indivíduo só possui um tipo) Descontínuos (em teoria, um indivíduo possui ou não possui um tipo) Ele pode ter apenas um tipo ou outro | Não exclusivos (a mesma pessoa possui diversos traços) Contínuo (um indivíduo possui um traço em níveis variáveis) Ele pode ter um tipo e outros também |
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