Para Executivos
Para Jovens
Você já percebeu que está infeliz na carreira atual. Enquanto seus colegas amam o que fazem, você se sente fora do lugar e detesta segunda feira. Tá certo que finais de semana são muito bons, mas detestar trabalhar… é sinal de algo muito errado, um grande desperdício de tempo e esforço! Então quais são os passos a dar para que a mudança de carreira aconteça? Esse artigo mostra como identificar o novo alvo e o caminho a percorrer para que a mudança de carreira se torne realidade e a segunda feira bem vinda.
Sumário
Para mudar de carreira tem gente que opta pela tentativa e erro. Ou então opta por aquilo que está na moda, o que dá dinheiro, ignorando a própria natureza. Se você quer acertar dessa vez, pois comece identificando quem você é. Lindo de dizer, difícil de fazer? Veja como.
1. PERSONALIDADE. Identifique primeiro quem você é e como se destaca. O caminho mais rápido e preciso para fazer isso é através do uso de ferramentas consistentes de mapeamento de personalidade. Aquele teste estilo ‘Revista Capricho’ pode ser muito bom quando você tem 15 anos, mas para decidir o futuro é fundamental usar uma bussola mais parruda e confiável.
Uma boa ferramenta de mapeamento de personalidade compara seus resultados com alguma população de referência do mundo do trabalho enquanto as ferramentas ‘erradas’, desenvolvidas com foco clínico, comparam você com a média dos diagnosticados com a patologia w, o que faz nenhum sentido. Essa comparação entre sua personalidade e população de referência compõem assim as variáveis necessárias para aferir seu potencial. Sabendo para que você tem mais potencial, dessa forma você começa a enxergar com quais carreiras terá match.
Quando há uma resistência a ferramentas de perfil ou restrição de orçamento, uma alternativa é relembrar o histórico profissional, listar em cada experiência os gostos e não gostos, identificar desse modo o que é recorrente. Com isso, você consegue minimamente delinear o que te agrada e por conseqüência o que seu trabalho precisa ter.
Sabendo exatamente quem você é e onde se destaca realmente, o passo seguinte consiste em saber então para onde ir.
2. GATILHOS DE MOTIVAÇÃO. Dentro os vários gatilhos, quais são os fundamentais para que você tenha brilho nos olhos e trabalhe com vontade? O mapeamento de personalidade apresenta vários elementos relevantes. Além disso, o modelo de gatilhos de motivação de Reiss traz um complemento rico. Ele pode certamente ser usado junto com a sua listinha de histórico profissional do passo 1.
3. PROPÓSITO, SENTIDO E SIGNIFICADO. Você sabe qual é o seu? Existem vários exercícios para identificar o propósito. O Simon Sinek propõem um em seu livro ‘Descubra seu porquê‘ que particularmente gosto muito. Assim também, vejo muita relevância na resposta a uma pergunta super simples: ‘o que você faria até de graça?’. Sempre que converso sobre isso lembro de uma conversa com meu médico depois de uma cirurgia ‘gosto tanto de operar que se ninguém me contratasse eu pagaria para operar’. O significado é de fato tão grande que além de fazer de graça, ele pagaria. Preciso dizer mais?
4. PRONTIDÃO. Converse com quem é expert, uma referência na sua carreira alvo. Identifique o que ele domina, seus diferenciais. Converse em seguida com os contratantes desse profissional e também com seus clientes para saber onde está o valor que ele agrega. Coloque tudo isso em uma lista e para cada item assinale o nível de prontidão: inexistente, baixo, médio, alto, expert.
5. PLANO DE DESENVOLVIMENTO PARA AUMENTAR PRONTIDÃO. Dentro os itens onde sua prontidão está abaixo de expert, coloque em ordem de maior para menor relevância para sua carreira alvo. Foque primeiro nos 20% mais críticos e, usando os inputs dos clientes e contratantes do seu ‘profissional modelo’, desenhe seu plano de desenvolvimento individual. Leia sobre 70/20/10 e estilos de aprendizado para garantir que você escolheu formatos compatíveis com aquilo que é mais prazeroso pra você. Aprender precisa ser sempre uma delícia!
6. EXPERIMENTAÇÃO. Antes de pedir demissão e mergulhar com força na nova carreira, mantenha-se na atual e crie espaços na sua agenda para experimentar o que você acredita que é seu objetivo. Quer trabalhar em logística? Vai fazer projetos com o pessoal dessa área. Quer montar um pet shop? Vai trabalhar de graça no pet shop onde você é cliente por 3 meses (cedinho, a noite ou nos finais de semana) para ver se é isso mesmo.
7. FEEDBACKS GENUÍNOS. Se seu plano é virar chef de cozinha ou ser um profissional de eventos, a cada experimentação peça feedbacks constantes para o cliente. Você pode adorar fazer aquilo (eu amava pintar) mas só fará sentido se alguém quiser comprar ou te contratar para desempenhar essa tarefa (nem minha mãe gostava dos meus quadros!).
8. REDE DE RELACIONAMENTO. Depois de todas as confirmações dos passos anteriores, é hora de ativar sua Rede de Relacionamento para que eles saibam do seu novo set de contribuições possíveis. Jamais saia distribuindo currículo ou pedindo emprego. É a pior forma de fazer propaganda de si. Afinal, se você fosse tão bom quanto diz, estaria cheio de trabalho. Tenha seu currículo pronto sim, mas ele só será enviado quando solicitado depois de uma boa ativação da sua rede de relacionamento.
9. RESERVAS E PARALELISMO. Muitas mudanças de carreira exigem dar muitos passos para trás antes de ter a mesma geração de renda da carreira atual (ou mais). Portanto, se planejar é fundamental. Antes de sair abraçando a nova carreira de peito aberto, prepare uma boa reserva de caixa, que te mantenha confortável e seguro por pelo menos 12 meses. Além disso, considere manter a carreira atual e a nova em paralelo. Carreiras paralelas te colocam com um pé em cada barco que você tenha segurança para concluir a migração.
Precisa de ajuda? Conheça a Orientação de Carreira.