Para Executivos
Para Jovens
Certamente, saber até onde abrir sobre a vida pessoal e o que mostrar no trabalho está entre as maiores dúvidas dos profissionais. Fica pairando na cabeça aquele questionamento clássico “O que meu chefe vai achar de mim?”, ou então “Que imagem o meu subordinado vai ter de mim?”.
No passado, a mentalidade predominante dizia que era preciso ser o mais discreto possível, jamais misturar vida pessoal e professional. O que acontecia em casa, ficava em casa. Hoje em dia já sabemos que isso é impossível, a pessoa é uma só, independente do lugar que esteja, e os acontecimentos em cada local, impacta no outro. Era como se cada pessoa trocasse de fantasia conforme o local onde estava, o que já se provou insuportável por longos períodos de tempo.
Você sabe o que é pertinente falar sobre sua vida no trabalho? Como fazer isso? Existe um momento certo?
O profissional, tanto no papel de líder, quanto de subordinado, precisa aprender a falar sobre seus erros, fracassos e até mesmo sobre aquelas situações que são consideradas vergonhosas, e, a parte mais importante, sobre os aprendizados que vieram com tudo o que passou.
Todos já passamos por situações complicadas e temos nossas vulnerabilidades. Tem gente que é infeliz trabalhando na empresa mais desejada no mundo, outro que tomou golpe de um grande aliado, aquele que foi a falência ou quem cometeu um erro que gerou um prejuízo de milhões. Existem infinitos exemplos de situações desagradáveis, que, feliz ou infelizmente, fazem parte da trajetória de cada profissional.
O que fazer com o que já aconteceu? Sentir vergonha e se fechar, fingindo ser um ser humano perfeito livre de falhas? Ou então, levar como lição, mostrar-se como ser humano, com acertos e erros, compartilhando os aprendizados com quem relaciona? Ao mostrar as vulnerabilidades, se quebra barreiras e gera conexão e confiança.
A grande questão aqui, e ponto a enfatizar ao contar essas histórias, é o que você levou de lição em cada uma dessas experiências difíceis e o que fez partir desses tombos. Que, apesar de serem aprendizados doloridos, sem dúvidas foram os mais importantes e marcantes da sua vida profissional.
É necessário conhecer as pessoas com quem trabalha, além do crachá. Só assim se gera confiança e todos os benefícios que vem junto dela. No âmbito corporativo, o desconhecimento de quem de fato é a outra pessoa, gera uma série de suspeitas, distorções e sentimentos de ‘é pessoal’. Isso alimenta a desconfiança, o que tira o foco do negócio para a manutenção da persona corporativa.
Ao compartilhar suas vulnerabilidades, o profissional mostra quem ele realmente é, sem filtros, o que também possibilita o entendimento dos demais sobre suas reações em situações desconfortáveis. Então, enxergando a vulnerabilidade do colega, o outro passa a entendê-lo melhor, aumentando sua empatia e consideração por ele.
É importante que o exemplo comece com o Líder. Ele precisa criar momentos e mecanismos propícios para isso, e se abrir, trazendo sua profundidade para os demais, só assim o restante do time se sente seguro e inspirado a fazer o mesmo. Os primeiros momentos são os mais difíceis, apesar disso, com o tempo e a comprovação de que ninguém fez piadinha ou o viu como menos, as pessoas se sentem confortáveis e seguras, se mostrando cada vez mais. E assim nasce a tão fundamental construção de confiança, tão reforçada como alicerce das equipes de alta performance por Patrick Lencioni.
Dinâmicas de grupo são ótimas oportunidades para trabalhar a vulnerabilidade do time. Além delas, o líder pode aproveitar de reuniões, para se apresentar, trazendo histórias e fatos sobre sí, que quebram o gelo, tiram a imagem de “super-homem”, pessoa idealizada e o aproxima do ouvinte.
Basicamente, esse exercício pode ser feito com todos os públicos, internamente, do nível mais baixo ao mais alto da organização, ou externamente. Afinal, criar confiança é algo positivo em todos os cenários.
Esses momentos são feitos para tratar de assuntos que antes ficam trancados entre 4 paredes, abordados apenas com gente muito intima. O objetivo é tornar possível falar de sentimentos, abrir o coração e desmistificar o profissional “perfeito e inabalável”.
Para isso, você pode contar sobre:
As pessoas são diferentes de máquinas, e quando mostramos o nosso lado humano e real, em poucos minutos elas se sentem mais à vontade, próximas, conectadas e desarmadas.
De nada vale um enorme esforço inicial, se logo após o trabalho é descontinuado. Isso porque a confiança se gera no médio e longo prazo, exigindo cuidado constante.
Para que o trabalho seja sólido e efetivo, pode-se usar de artifícios formais, como encontros de sustentação, implementação de boas práticas e dinâmicas. Além deles, momentos informais são importantes aliados na manutenção da proximidade, como o cafezinho da tarde, a parada para o almoço e o happy hour. Mas, na realidade que estamos vivendo, em que os momentos offline estão cada vez mais escassos, ainda mais com o home office (que veio para ficar), é preciso pensar em alternativas para a distância física, como um café virtual ou um amigo secreto emocional, por exemplo.
Fazer todo esse esforço dá trabalho, é difícil, demorado e complexo, mas o resultado possui grande impacto, beneficia e é sentido por todos da organização. Então, se tentou fazer isso na sua empresa e deu errado, busque ajuda profissional, mas faça esse movimento!
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Publicado em março de 2022.