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Para Jovens
Dinâmicas de grupo: 6 tipos para aplicar em diferentes momentos. Patrick Lencioni, a grande referência mundial em equipes de alta performance, comprovou há mais de uma década que o alto desempenho só é possível quando existe como alicerce um alto nível de confiança entre os profissionais do time. A partir disso, se viabiliza a colocação dos pontos de vista de forma construtiva e transparente, se gera comprometimento indo além do mínimo necessário, tendo atitude de dono, resultando em entregas superiores.
Para gerar confiança é preciso aumentar a credibilidade, a consistência e a intimidade, diminuindo a auto-orientação. Pensando nisso, trouxemos uma série de 6 dinâmicas de grupo para aumentar o nível de confiança da sua equipe.
Aqui explicamos o objetivo, material necessário, duração, público-alvo, frequência e instruções, para você identificar quando e como usar cada dinâmica. A ideia é que, ao perceber o momento da sua equipe, você encontre aqui uma boa prática para aplicar. Se todas fizerem sentido, use uma a cada 2 meses.
Sumário
Objetivo: Alinhamento e abertura de ciclo, colocando todos na mesma página.
Material necessário: nenhum.
Duração: 15 min + 10 min por participante.
Frequência: semestral ou anual.
Público-alvo: equipe direta, pessoas de outras áreas ou recém-contratados.
Instruções:
1. Reunir o time presencial ou virtualmente e explicar o objetivo da atividade. O time deve resgatar os acontecimentos do passado, trazer suas reflexões do presente e falar sobre as expectativas do futuro. Para garantir fluidez sem ficar maçante recomenda-se que o exercício aconteça em 3 rodadas: a primeira focada no passado, a segunda no presente e a terceira no futuro.
2. Escolher um voluntario e iniciar a primeira rodada. O foco aqui é lembrar do que foi mais marcante no passado, aprendizados e evoluções que aconteceram a partir disso. A rodada é finalizada depois que cada participante levar suas reflexões.
3. Na segunda rodada, focada no presente, a conversa acontece em torno de como cada participante está se sentindo no momento, seus anseios e dificuldades. As interferências da vida pessoal devem ser compartilhadas e acolhidas.
4. Na última rodada, focada no futuro, cada um deve compartilhar seus sonhos e expectativas para o futuro, tanto para a vida pessoal quanto para o negócio.
5. É recomendado que o facilitador registre os pontos principais de cada rodada. Ao final, quando todos já foram ouvidos, o facilitador pode levar respostas ou caminhos para lidar com os receios e construir junto as iniciativas a ser priorizadas para o futuro, explicando os motivos para cada um dos sonhos que deixaram de ser priorizados.
Objetivo: Conhecer as pessoas da equipe.
Essa atividade pode ser feita entre grupos que pouco se conhecem e que vão passar a trabalhar junto. Essa atividade reduz a arrogância, gera proximidade, acessibilidade ao outro, sentimento de poder ser transparente, ajuda a pedir ajuda sem se envergonhar, para crescer rápido com a ajuda do outro.
Material necessário: papel, caneta, computador e PowerPoint.
Duração: 30 min + 7 min por pessoa.
Frequência: na formação de novas equipes e chegada de novos profissionais.
Público-alvo: equipes, setores e empresas.
Instruções:
1. Cada participante deve previamente receber uma página modelo com informações a preencher sobre si. Sugestão de conteúdo do material:
a. Foto fazendo algo que goste
b. Formação profissional
c. O que já aprendi na empresa
d. Pode contar comigo para… (comportamentos, atitudes ou ajuda no trabalho)
e. O que você gosto de fazer no tempo livre
f. Fato interessante sobre mim
g. Dicas para trabalhar melhor comigo (porque eu faço algumas coisas e como entendê-las de forma positiva)
2. Cada participante terá 5 minutos para fazer a apresentação da sua página.
3. Para tornar a escuta mais interativa, o facilitador pode sugerir a inclusão de fatos falsos e pedir que o time adivinhe o que é verdadeiro e o que é falso. Outra opção é pedir que cada um anote um placar de semelhanças e/ou de descobertas.
Objetivo: desenvolver e fortalecer equipes, diminuindo os ruídos e desentendimentos.
A falta ou falha de comunicação ainda é a maior causa dos insucessos de gestão, por isso práticas de comunicação honesta e estruturada fazem tanta diferença. O mundo é melhor à medida que todo ser humano aprende a dar e receber feedback.
Material Necessário: papel e caneta.
Duração: 20 min por pessoa.
Frequência: a cada 2, 3 ou 4 meses.
Público-alvo: equipes com convívio recorrente no dia a dia.
Instruções:
1. O facilitador precisa apresentar para o time os conceitos chave sobre feedback e explicar como será realizada a dinâmica.
2. Toda a equipe deve se reunir, falar de um participante por vez e anotar as percepções de casa um.
3. Ao falar de um profissional, ele deverá se retirar do ambiente físico ou virtual. O restante do time terá 10 minutos para compartilhar suas contribuições positivas e oportunidades de evolução sobre o profissional ausente.
4. Para que o feedback seja validado é preciso que tenha consenso entre todos os participantes, caso o contrário, ele deve ser descartado.
5. Ao terminar de falar sobre o participante, ele deve voltar para o ambiente e o próximo deve se retirar, seguindo esse movimento até ter falado sobre todos os profissionais envolvidos.
6. Cada pessoa deve receber o feedback de um porta voz diferente. Caso o profissional tenha dificuldade de entender a colocação feita, ele pode pedir mais exemplos para compreender o que deve manter ou evoluir. É importante primeiro falar sobre as contribuições positivas e por último sobre as possibilidades de evolução.
7. Por mais que o feedback possa ser indigesto, o momento é feito para entendê-lo, sem espaço para debate ou discussão. Ele deve ser ouvido, aceito e agradecido.
Objetivo: Aumentar o nível de proximidade entre o time.
Com a gestão à distância, a proximidade que se construía na pausa do almoço ou conversando na mesinha do café perdeu seu espaço. Esse exercício foi criado como um espaço de compartilhamento e escuta, gerando essa proximidade e entendimento sobre o outro, que é tão importante para o engajamento da equipe.
Material necessário: papel e caneta.
Duração: 30 min + 10 min por participante.
Frequência: quando houver crescimento do time, dispersão, falta de engajamento, falta de confiança ou proximidade.
Público-alvo: equipes.
Instruções:
1. Explicar sobre o conceito de confiança.
2. Apresentar a equação da confiança e comentar sobre o quanto a distância física reduz o espaço de intimidade.
3. O facilitador deve pedir que cada um reflita e anote o que: sobra, tem na medida certa e falta, em sua residência física, na sua família de origem e na família atual. Os elementos a serem registrados podem ser tanto abstratos quanto concretos. Exemplos: falta amor, sobra espaço físico, tem dinheiro na medida certa. Essa reflexão dura entre 5 e 8 minutos.
4. Assim que os registros forem feitos, o gestor deve ser o primeiro a compartilhar o seu “sobra, falta e tem na medida certa”. Quanto mais profundidade nos relatos, mais o time se sentirá a vontade e disposto a fazer o mesmo e o nível de proximidade e intimidade será maior. O tempo de partilha varia entre 5 e 10 minutos por participante.
5. Em caso de grupos grandes, quebre em subgrupos para que cada um possa compartilhar os pontos que se sente à vontade e que são muito importantes na formação da sua essência. Se o grupo for menor, ou houver mais tempo disponível, fazer isso em grupo único.
6. Assim que todos tiverem compartilhado o seu “sobra, falta e tem na medida certa”, perguntar ao grupo o que eles perceberam com o exercício e como se sentiram.
7. Agradecimento pela abertura de cada um e encerramento da dinâmica.
Objetivo: Aumentar o nível de intimidade e proximidade da equipe.
Ao compartilhar as vulnerabilidades, o profissional mostra como se sente, o que possibilita o entendimento dos demais sobre suas reações em situações desconfortáveis.
Enxergando a vulnerabilidade do outro, o ser humano passa a entendê-lo melhor, aumentando sua empatia por ele.
Material necessário: papel e caneta.
Duração: 25min + 10 min por participante.
Frequência: a cada novo início de ciclo ou entrada de novos profissionais.
Público-alvo: equipes com convívio recorrente no dia a dia.
Instruções:
1. Os praticantes terão 10 minutos para anotar em silêncio as respostas das seguintes questões:
. Quais são suas vulnerabilidades (dificuldades)?
b. Quais são suas imperfeições?
c. Quais seus receios?
d. Quando foi a última vez que você demonstrou cada uma das anteriores?
e. Para quem você demonstrou?
f. Qual foi o resultado dessa atitude?
2. Após a reflexão individual cada um terá 5 minutos para compartilhar a visão geral das suas respostas. Recomenda-se que o gestor seja o primeiro a compartilhar, para dar o tom em relação a profundidade a ser trazida, inspirando os outros a se abrirem mais. Se o gestor leva algo superficial, a conversa toda será superficial e ineficaz.
3. Os participantes devem pensar então sobre quais de suas dificuldades precisam de ajuda. Em seguida, para cada dificuldade, identificar quem do grupo pode ajudá-lo. No virtual cada um escreve no chat o nome das pessoas com as quais gostaria de conversar sobre seu pedido de ajuda. No presencial isso pode acontecer utilizando cartões coloridos.
4. Em seguida, cada participante busca quem lhe pediu ajuda para conversar. O papo dura em torno de 5 minutos. Caso o tempo seja insuficiente, a dupla pode marcar um horário para finalizar a conversa após a atividade.
5. Terminada as conversas, o facilitador deve reunir o grupo e pedir que compartilhem como se sentiram fazendo a atividade.
Objetivo: Fechamento de ciclo.
Proporcionar um momento de descontração, agradecimento e encerramento.
Material necessário: nenhum.
Duração: 5 min + 3 min por participante.
Frequência: encerramento de evento, a cada fim de ano ou encerramento de projeto.
Público-alvo: equipes, setores e profissionais que trabalharam juntos finalizando uma jornada importante.
Instruções:
1. O facilitador fala sobre a jornada que se encerra e pede que cada um se lembre dos seguintes momentos ao longo desse ciclo:
a. Pensando lá no início…
b. No projeto/etapa/momento mais difícil…
c. No dia que você pensou em desistir…
d. Na situação que tudo parecia perdido…
e. Na reunião que abalou as certezas…
f. No feedback engasgado que gerou transformação…
g. Um acontecimento marcante ao seu redor…
A cada item comentado, o facilitador deve fazer silêncio, permitindo que cada um reflita e faça suas anotações. Concluídos os temas de recordação, cada participante deve escolher uma das lembranças e compartilhar com os demais.
3. Dar espaço para quem quiser compartilhar outras lembranças adicionais e encerrar a atividade agradecendo
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