Para Executivos
Para Jovens
Competências específicas e transferíveis, em qual focar? Quais tipos de competências existem? As competências são todas iguais? Possuem o mesmo peso e importância? O profissional carrega e utiliza todas elas, independente do cenário, posição ou empresa? E, se elas tiverem níveis diferentes de importância e aplicabilidade, em qual é melhor focar o desenvolvimento?
Sumário
Existem dois tipos de competências das quais é importante conhecer e saber a diferença, são as competências específicas e as competências transferíveis.
Toda posição tem um conjunto de competências necessárias para o seu desempenho (sejam elas conhecidas ou desconhecidas), da mesma forma todo profissional possui um conjunto de competências dentro de si. Portanto, é fundamental que o RH saiba analisar com exatidão quais são as competências necessárias de verdade para o cargo e para a empresa, e saber identificar sua presença nos profissionais e candidatos. Isso pois competência pressupõe entrega, é um ativo, mas só pode ser assim considerada quando traz resultado.
Você sabe qual é a diferença entre elas e em qual focar?
As competências específicas são aplicáveis em uma única realidade. Elas só são aproveitadas quando o profissional muda de empresa e a nova possui as condições semelhantes com a anterior (mesmo setor, cargo e disposição organizacional).
Você consegue levar essas competências consigo para a próxima empresa ou posição que for atuar? Pense no seguinte, via de regra, é possível levar o colega junto com você? É possível levar o sistema, norma ou conhecimento técnico e aplicar em qualquer situação? Quanto menos portátil for a competência, mais especifica ela é, mais difícil de ser levada para outra organização.
As competências transferíveis são multiuso e perenes, amplas e agregam positivamente ao profissional, independente de qual seja as características do seu próximo trabalho e empresa. Isso acontece pois são aplicáveis e, dependendo da competência em questão, fundamentais em todos os cenários.
As competências transferíveis você consegue os levar para outros contextos e aplicar em diversos desafios. Na prática, você consegue utilizar da extroversão, capacidade de liderança ou trabalho em equipe em qualquer local e situação.
Com base em um estudo com vinte ex-alunos da General Eletric, Boris Groysberg e outros estudiosos da Harvard Business School, relataram que a possibilidade de transferência de habilidades tem várias dimensões.
Veja a escala de Boris Groysberg, que mostra quais são as competências mais e menos transferíveis:
Devido ao seu poder de adaptabilidade, as competências transferíveis ganham cada vez mais importância no contexto organizacional. Já que para se manter competitivo, o indivíduo precisa possuir e desenvolver um conjunto delas. Assim, se o profissional tem a ênfase do desenvolvimento nas competências específicas, deixando de lado as transferíveis, terá grandes dificuldades quando quiser ou precisar deixar o trabalho atual.
A partir dos exemplos de competências específicas e transferíveis dados nesse artigo, reflita e analise onde estão alocadas as suas principais competências. Siga cada um dos passos a seguir:
O ideal é que as competências transferíveis representem pelo menos 70% do todo. Isso é um sinal verde, mostrando que está tudo em ordem, sem correr prejuízos para a carreira e sem necessidade de ajustes. Se estiver entre 40% e 69%, é sinal amarelo, que significa que você deve ter atenção e investir no desenvolvimento de novas competências transferíveis para ampliar sua capacidade, limiar de carreira e futuras oportunidades. Agora, se estiver abaixo de 40% é sinal vermelho, de alerta máximo, que mostra que sua carreira está em risco e que vai ser muito difícil você conseguir se inserir em diferentes realidades da atual.
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Publicado em julho de 2022.