Para Executivos
Para Jovens
L.A.B.E.L. feito, índices de controle validados, pois é hora de dar a devolutiva ao mapeado. Mas como dar uma devolutiva de perfil excelente usando o L.A.B.E.L.?
Sumário
Analise o L.A.B.E.L. identificando as fortalezas e fraquezas. Para aprofundar seu entendimento e acurácia, consulte então no manual a descrição dos traços abundantes (G > 70) e os mais tímidos (G<30). Em caso de dúvida contrate uma sessão rápida de apoio a interpretação.
Direto ao ponto, como dar uma devolutiva de perfil certeira? Espelhe o estilo de aprendizado do mapeado para definir seu tom e abordagem. Seja mais objetivo, subjetivo, afável, metafórico, expansivo ou lógico, se ele for assim. Assim, quanto mais afinidade de estilo com a sua forma, maior a aceitação e percepção de conforto com a interação.
Dê as boas vindas ao avaliado, se apresente a ele e em seguida explique que o encontro será dividido em dois blocos. No primeiro o objetivo é deixar a pessoa a vontade e conhecer mais sobre a história dela. O segundo bloco é quando acontece a devolutiva de fato. Sugira a gravação da devolutiva, o feedback que recebemos é que ter o conteúdo gravado é riquíssimo e muito útil!
Peça para a pessoa conte a trajetória dela. Enquanto alguns consultores restringem esse momento há linha do tempo profissional, outros vão além. Estes pedem que a pessoa comece contando sobre sua infância e momentos marcantes pessoais, já que eles são parte fundamental da formação da personalidade e ajudam a fazer costuras valiosíssimas em seguida. Além de trazer uma visão mais completa do mapeado, esse bloco ajuda assim a quebrar o gelo, criar mais proximidade e traz exemplos mais específicos do próprio avaliado na hora de falar do perfil.
Explique sobre a sigla e a origem. L.A.B.E.L. é uma sigla que significa Lista de Adjetivos Bipolares na Escala de Likert. Lista de adjetivos pois ele consiste em uma lista de adjetivos ao invés de frases como acontece com outros instrumentos. Bipolares por trazer adjetivos em dois extremos. A escala Likert é a escala de 5 pontos entre eles. A origem da ferramenta é suíça. Ela foi desenvolvida na Universidade de Lausanne e trazida ao Brasil em 2003 por Renzo Oswald.
O L.A.B.E.L. é uma ferramenta de personalidade e não de comportamento. A personalidade é a nossa essência, o nosso espontâneo e natural. Ela é formada na infância, e é fruto da genética, das experiências da infância e da influência dos nossos pais ou de quem quer que nos tenha criado. Uma vez formada a personalidade não muda, exceto em situação de trauma. O que muda são os comportamentos que vamos aprendendo a adaptar para conviver melhor em sociedade.
Apresentamos alta performance e temos prazer no que fazemos quando utilizamos nossas forças naturais. Elas são as características onde funcionamos melhor, e por isso quanto mais fazemos atividades que as usamos, mais conseguimos ser destaque naquilo que fazemos mostrando nossos pontos fortes. É muito mais fácil desenvolver pontos onde já se é naturalmente muito bom, do que ficar investindo nas fraquezas. Aqui temos uma quebra de paradigma. Quando temos que nos esforçar demais pra fazer determinada atividade, há mais gasto de energia e menor abundância. Por isso, no L.A.B.E.L. vamos focar nos seus pontos fortes para prioriza-los nas escolhas profissionais. E vamos ganhar ciência dos pontos fracos para evitar situações que precisem deles e saber como lidar com eles.
Explique pra que serve a população de referência e de quem ela é composta. Por exemplo: “Para conseguir identificar o que é mais natural, prazeroso e satisfatório, os resultados são comparados com uma população de 21.168 mil executivos brasileiros. Ao fazer essa comparação, considerando 102 traços de personalidade, é que se consegue indicar portanto aquilo que a pessoa tem mais facilidade e o que deve ser evitado.”
Como explicar sobre o resultado acima e abaixo da média? Se o L.A.B.E.L. fosse um boletim, estar abaixo da média certamente indicaria reprovação. Entretanto, quando se trata de personalidade, estar acima ou abaixo da média as coisas indica coisas diferentes. Não é uma questão de certo ou errado mas sim mais facilidade para fazer uma coisa do que outra.
Introduza o laudo do sistema mostrando que ele é dividido em blocos. O primeiro bloco indica a confiabilidade das respostas. Ele detalha o quanto as respostas da pessoa são confiáveis e interpretáveis, se existe alguma ressalva e por fim se os resultados podem ser utilizados ou são inconclusivos. Se fosse um caso de resultado inconclusivo, já teria sido pedido para que o mapeado refizesse o L.A.B.E.L..
Uma vez destrinchada a validade (os índices de controle), é portanto hora de falar do perfil do mapeado. Comece assim pelo BIG 5, a forma mais respeitada no mundo para entender personalidade, onde se fornece uma visão geral do indivíduo. Explique o que é cada elemento do gráfico para em seguida interpretar os resultados.
Sobre o gráfico, cada coluna é um traço, o resultado da pessoa é o laranja, a média da população de referência é a linha azul. Os traços acima e abaixo do azul são os desvios padrão acima e abaixo da média. Entre o desvio de cima e o de baixo estão 68% da amostra de referência, como acontece de fato com toda curva normal.
Explicado o gráfico, é então hora de interpretar os resultados da pessoa. O recomendado é, ao menos inicialmente, falar de cada traço na ordem que ele aparece. A cada traço indique que a sigla vem do inglês (O = openess, C = counsciousness; E = extrovertion; A = afability; S = stability) e, em seguida, explique que a legenda do traço é padrão, quanto mais alto o resultado da pessoa mais a legenda faz sentido. A partir do resultado do mapeado você fará a interpretação.
Introduza a Marca Psíquica sugerindo como melhor fazer a leitura do gráfico: os 13 clusters de personalidade em letras maiúsculas, cada cluster é composto de 3 características, o resultado da pessoa em laranja, a média da população de referência representada pela linha preta mais escura, os tracejados acima e abaixo da média são o desvio padrão acima e abaixo da média.
Então é hora de interpretar o resultado da pessoa. O uso do flash, recebido durante a sua formação, pode ajudar muito nas primeiras devolutivas para se ganhar fluência de vocabulário. Até lá, recomenda-se passar item a item na ordem que ele aparece no gráfico.
O topo da página 4 é composto de 2 listas. A da esquerda são os adjetivos que a pessoa respondeu e que, com base no conjunto das respostas de todos os 260 adjetivos, o sistema detectou que a pessoa se subestimou. Na prática ela é mais do que ela se descreveu naqueles itens.
O contrário acontece com a lista de adjetivos da direita. Portanto a pessoa se superestimou nesses casos. A pessoa é menos tudo aquilo do que ela se descreveu.
Além do ajuste de percepção de si próprio, essas duas listinhas indicam o nível de auto conhecimento do respondente. Quanto maior as listas, menos a pessoa se conhece. Se menor a lista, mais ela se conhece. E quanto maior a idade do respondente, espera-se que a lista seja menor.
Indo para a segunda metade de página 4, como nos anteriores, explique a leitura do gráfico. O resultado da pessoa é o laranja, a média da população de referência é a linha preta mais escura, os traços acima e abaixo da média são o desvio padrão acima e abaixo da média. Em seguida interprete traço a traço os resultados da pessoa. Novamente o flash recebido no curso será de grande valia!
Indique que a página 5 são as respostas da pessoa do lado esquerdo de cada adjetivo e entre parênteses, e do lado direito em número decimal o que o sistema calculou.
Por fim, a página 6 é padrão, descreve o método funcional, que é a calculadora que torna o L.A.B.E.L. tão robusto!
Envie por fim via e-mail ou entregue fisicamente somente as 6 primeiras páginas. As demais páginas são de uso e acesso exclusivo de psicólogos certificados na ferramenta. Coloque-se em seguida a disposição para dúvidas futuras!
Artigo “Como dar uma devolutiva de perfil” foi publicado em Junho de 2019. Atualizado em Maio de 2022.