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Elias é Gerente de Planejamento e Transportes em uma grande empresa. Ele nos procurou tinha recém assumido uma posição de liderança e entendia que precisava de mentoria para lidar com as dificuldades dessa nova função.
A história do Elias se parece com a história de alguns outros clientes que nos procuram diariamente. Quem olha de fora, cargo, salário e sequência de promoções, acha que a carreira do Elias é um exemplo de sucesso e realização. Quando ele nos procurou tinha recém assumido uma posição de liderança e entendia que precisava de mentoria para lidar com as dificuldades dessa nova função.
Todos os processos de carreira por aqui começam com o mapeamento da personalidade. Se o próximo passo fosse mentoria, saberíamos exatamente que pontos priorizar para que o aprendizado do Elias fosse prazeroso e relevante. Só que nem sempre o que o cliente demanda, é o que de fato ele precisa. Com o mapeamento de personalidade em mãos, constatamos que o Elias vinha reagindo ao mundo profissional e fazendo escolhas socialmente adequadas, mas bastante distante de sua natureza.
Sua escolha de carreira foi influenciada por teste vocacionais sem embasamento estatístico e a pressão familiar. Uma vez trabalhando, inclusive nas empresas mais desejadas por grande parte dos profissionais brasileiros, ele se sentia no íntimo como um peixe fora d’água. Mas seguia sendo promovido. Então para todos os efeitos ele não tinha um problema. Só que com o passar do tempo o sentimento de desprazer, sofrimento e inadequação se tornava insuportável e mudar de empresa lhe parecia a melhor solução. Depois de muitas mudanças e ocupando cadeiras de liderança, entendeu que precisava de ajuda externa para melhor conduzir o seu dia a dia.
Ao fazer o L.A.B.E.L. os resultados indicaram que outros aspectos da vida do Elias também precisavam ser revisitados, como sua relação com figuras familiares de referência que impactam sua autopercepção, confiança e segurança em si.
Em uma conversa respeitosa e muito franca recomendamos a busca de outros processos paralelos para lidar com as questões familiares e da infância que, por mais que se mantenham ocultas nos contratos de trabalho, influenciam profundamente sua capacidade de realizar todo seu potencial. A constelação familiar sistêmica fez parte desse processo.
“Se você está aberto a entender um pouco mais sobre você e suas conexões o processo de constelação pode te ajudar. Para mim foi um momento de reflexão e autoconhecimento. Algumas perguntas e anseios foram desvendas de certa forma desde a primeira constelação. Ela te fortalece. Igual uma terapia, mas com abordagem mais em conexões e laços do que apenas em você. Somos influenciados sim pelo meio que vivemos e entender esse fluxo é importante. Ela abriu algumas portas na minha vida. Uso um termo que é “estourei minhas bolhas”. Depois que você sai delas encara o mundo de frente e com serenidade uma vez que se conhece melhor.”
Além da constelação, recomendamos que o Elias conversasse com pessoas de diferentes etapas de sua vida. Com essa atividade ele pôde visualizar seus altos e baixos, pontos de congruência e repetição de padrões, em um processo intenso e rico de feedback.
Concluindo o mapeamento de personalidade, constatamos que o Elias olhava as vagas por impulso, sem que realmente fosse hora de procurar outro trabalho. Ele embarcava em convites vindos de empresas multinacionais, acreditando se tratar de organizações estruturadas. Mas nem sempre isso era verdade. E pelo seu perfil, a falta de processo o desgasta e reduz sua capacidade de contribuição. A demanda inicial por mentoria em liderança foi substituída por um processo robusto e revelador de autoconhecimento.
Elias agora sabe quais são suas fortalezas e já trabalha dando prioridade para elas. Está mais focado e mais centrado em seus objetivos e onde deve focar sua energia, além de ter consciência das ancoras que deve deixar pra trás. Além disso, o Elias está retomando o projeto de avançar em paralelo sua carreira acadêmica. Isso é algo que ele pensava desde que concluiu sua graduação e havia deixado de lado no passado, mas para o qual descobriu ter muito potencial.
“Antes trabalhava as fraquezas e passei a trabalhar as fortalezas. Descobri que sou o cara do bastidor, mas como as empresas presam pelo palco, todo ano procurava desenvolver a oratória. Entendi que isso gasta muito da minha energia. O palco não é algo que vou querer desenvolver, isso ficou bem marcante na devolutiva e vou mudar. “