Para Executivos
Para Jovens
Esse conteúdo é fruto do nosso incômodo ao encontrar inúmeros casos de pessoas de alto potencial que desperdiçam seu talento. Buscando uma solução chegamos a 15 sabotadores, sendo 10 publicados por Shirzad Chamine no livro ‘Inteligência Positiva’ (2012) e 5 exclusivos do L.A.B.E.L., o teste psicométrico mais completo e confiável.
Para quem se acha à prova disso, vale saber que todo mundo possui sabotadores. Geralmente criados na infância, eles são ligados aos pontos mais fortes da nossa personalidade e podem alterar seu peso em cada fase da vida.
Conheça cada um dos 15 sabotadores sabotadores que limitam a evolução das pessoas e as justificativas mais utilizadas para mantê-los.
Cada sabotador é relacionado a um traço de personalidade. O que muda de uma pessoa pra outra é a intensidade e, com isso, seu poder de atuar como sabotador.
Fatalista, passivo, dependente e incompreendido. Sente-se em desvantagem e desiste quando as coisas ficam difíceis. Sufoca a raiva, o que resulta em depressão, apatia e fadiga constantes. Quando criticado ou ‘malcompreendido’, se fecha.
Tem foco no lado negativo das coisas, é pessimista. Sente raiva, arrependimento, vergonha, ansiedade, culpa e decepção. Tem necessidade de pressionar, punir por erros, amedrontar, tendo como justificativa o aprendizado e a evolução.
Agradável e sensível, busca aceitação e afeto ao agradar o outro. Acredita que expressar suas necessidades é egoísmo, não as prioriza por medo de afastar os outros, mas sente-se desvalorizado. Dependente, pode se sentir culpado e manipulado.
Precisa assumir a responsabilidade e controlar, acha que todos precisam, ou então dará errado. Competitivo, determinado, confrontador e direto, raro aceitar diretivas. Visto como raivoso e crítico, pressiona e magoa as pessoas sem perceber.
Tímido, isolado e inquieto, flexível e pacificador, foge de conflitos e dificilmente diz não. Sensível a críticas e rejeições, abafa os sentimentos. Foca no que é positivo e agradável, mostrando-se passivo-agressivo ao invés de ser direto.
Preza pela ordem e organização. Crítico, pontual e metódico, odeia erros. Irritável, tenso, teimoso, sarcástico e sensível a críticas, tende a ser rígido e inflexível com o novo. Frustra-se ao não alcançar os altos padrões. Gera ressentimento e ansiedade.
Distraído, disperso e impaciente, busca sempre o prazer, a novidade, e minimiza os seus perigos. Ocupado com muitas tarefas e planos diferentes, foge do desagradável para viver intensamente. Outros têm dificuldade em acompanhar esse caos.
Confiante, competitivo e workaholic, tem foco nos objetivos. Precisa ser o melhor no que faz para se auto validar. Atento a imagem e status, disfarça inseguranças e mostra uma imagem positiva. A paz e a felicidade são feitas em breves celebrações.
Ansioso, cético e pessimista, sempre em alerta a perigos, nunca pode descansar. Tem medo de errar. Duvida de si e dos outros. Tranquiliza-se com regras, autoridade e instituições. Perde a credibilidade por ver perigo até onde não tem.
Cético, frio, arrogante, combativo e concentrado, possui uma mente intensa e ativa. Valoriza a sabedoria e acredita que os sentimentos atrapalham. Vê as pessoas como irracionais e medíocres no que pensam. Intimida quem tem mente menos analítica.
Tímido, inibido, passivo, pessimista, modesto e gentil,
deixa de agir por desacreditar em si. Teme tarefas e metas desafiadoras. Falta energia e se sente vencido pela vida. Respeita os direitos e desejos dos outros, e age apenas quando se sente constrangido.
Confuso, distraído, indiferente, preguiçoso e indolente, falta-lhe energia. Tem poucos interesses e acha tudo normal. Raro se apaixonar por uma causa. Lento na execução e reação, incomoda-se com a pressão do tempo.
Desmotivado, perdedor e ineficaz, incapaz de alcançar seus objetivos e cultivar relações profissionais. Tem intenção de fazer, mas faz menos do que poderia ou gostaria. Descuida da própria imagem. Demonstra apatia com o esforço necessário para chegar ao resultado.
Fechado, silencioso, apático, desanimado, melancólico e passivo, pessimista e pouco comunicativo, interioriza os próprios medos. Sente-se culpado pela falta de vontade de realizar, mas sem encontrar a energia necessária para reagir.
Conciliador e tolerante, pouco competitivo, mostra-se paciente e bom negociador. Demonstra omissão em situações de conflito, deixando de defender o que acredita. Pouco espera dos outros e mostra dotes de conciliação e tolerância.
(*) Sabotadores situacionais
O viés de confirmação, descoberto pelo psicólogo Peter Wason, em 1960, é um tipo de viés cognitivo que afeta a forma de raciocinarmos.
O cérebro aciona de forma inconsciente o viés de confirmação, selecionando informações que confirmem ideias e crenças que a pessoa gostaria que fossem verdadeiras, descredibilizando fatos que vão contra o desejado, distorcendo dados e conclusões.
Cada sabotador possui ‘verdades’ que utiliza para se credibilizar, que são validações do viés de confirmação.
Para os aspectos da personalidades pararem de agir como sabotadores, é preciso conhecer as ‘verdades’ que eles usam para se justificar.
Ao agir assim, eu pelo menos tenho um pouco do amor e atenção que mereço. A tristeza é uma coisa nobre e sofisticada que mostra profundidade excepcional, além de discernimento e sensibilidade.
Sem eu pressionar, você ficará preguiçoso e acomodado. Na falta de punição por seus erros, deixará de aprender com eles e os repetirá. Se não te botar medo sobre os maus resultados futuros, nunca dará duro para impedir que aconteçam. Sem que eu te critique, você vai perder sua objetividade e deixar de proteger seu interesse próprio.
Não faço isso por mim. Ajudo os outros altruisticamente, sem esperar nada em troca. O mundo seria um lugar melhor se todo mundo fizesse o mesmo.
Sem mim, você pouco consegue fazer. Você precisa forçar as pessoas. Se eu não controlar, serei controlado, e sofro para suportar isso. Estou tentando terminar o serviço por todos nós.
Você é uma boa pessoa por poupar o sentimento dos outros. Nada de bom pode resultar de um conflito. É bom ser flexível. Alguém precisa ser o pacificador.
É uma obrigação pessoal. Depende de mim consertar as confusões que encontrar. O perfeccionismo é bom e me faz sentir bem comigo mesmo. Costuma ter um jeito certo óbvio e um jeito errado óbvio de fazer as coisas. Sei como as coisas devem ser feitas e preciso fazer a coisa certa.
A vida é curta demais. Precisa ser vivida intensamente.
Não quero perder nada. Eu quero aproveitar tudo. Entre um e outro, quero ambos.
O objetivo da vida é alcançar realizações e produzir resultados. Mostrar uma boa imagem me ajuda a alcançar resultados. Sentimentos são apenas uma distração e pouco ajudam.
A vida é cheia de perigos. Se eu não ficar alerta, quem vai ficar? O seguro morreu de velho e o desconfiado ainda vive.
A mente racional é a coisa mais importante. Ela deve ser protegida da invasão desagradável das emoções e necessidades confusas das pessoas para que consiga concluir o trabalho.
Por mais que eu me esforce, tenho certeza de que sou insuficiente, inadequado ou pouco capaz. Minha trajetória comprova isso. Mesmo que me digam o contrário, sei que essa é a verdade.
Fazer, realizar, executar são necessidades reais do ser humano, entretanto, por mais que eu me esforce, faltam-me forças para agir. A prostração e o desanimo são mais fortes do que eu.
Com tanta gente disponível, preciso eu executar tudo que é necessário? O mundo é cheio de pessoas, outros podem realizar. Se o bom é suficiente, pra que me desgastar?
A vida não tem cor, o sentido que os outros enxergam para seguir em frente eu desconheço. Com tanta desgraça, dor e injustiça, quem tem alegria de viver? Eu sou realista.
Pra que ter razão se eu posso ser feliz? A vida é curta, disputar, se indispor ou correr o risco de romper uma relação, de nada valem.
(*) Sabotadores situacionais
Ao se deparar com uma justificativa para fazer ou deixar de fazer algo, compare-as com as “verdades para justificar” dos sabotadores, se tiver semelhança, descarte suas desculpas, vá em frente e encare seus sabotadores. Ao trazer essa atitude do inconsciente para o consciente, você consegue identificar quando os sabotadores estão em ação e, sabendo que se trata de mentiras, driblá-los sem que te prejudiquem. Faça disso um exercício diário!
Faça o L.A.B.E.L., descubra seus sabotadores e muito mais!
CHAMINE, Shirzad. Inteligência positiva. Rio de Janeiro: Fontanar, 2012. Tradução de: Regiane Winarski.