[Home > Blog > 11 erros mais comuns ao fazer o currículo]
O grande objetivo de um currículo é abrir as portas para a entrevista. Recrutadores investem de 30 à 45 segundos analisando o currículo para decidir chamar o candidato para a entrevista. Portanto o currículo precisa despertar interesse imediato! Isso depende de um layout profissional e conteúdo relevante.
Conheça então os principais erros cometidos ao se montar um currículo e nunca mais peque nesse quesito.
Sumário
1. Usar o mesmo currículo para todas as vagas
Cada vaga tem um perfil e cada empresa sua lógica de valorização de pessoas, por isso é necessário customizar o currículo destacando as informações mais relevantes para a vaga e resumindo ou eliminando outras sem sentido.
2. Inconsistência visual
Ter atenção com a aparência do currículo pode parecer preciosismo, mas faz toda a diferença logo nos primeiros segundos de contato visual. É preciso ter as informações necessárias, no layout adequado, isso é o que difere quem continua no processo de quem é eliminado nessa primeira fase. Por isso menos é mais, ser simples e objetivo é fundamental.
IMAGEM 1 – CUIDADO COM O LAYOUT DO CURRÍCULO.
Veja no que deve ter cuidado:
Desleixo na aparência – Um documento feio, desalinhado, sujo ou confuso, é desagradável de ler, passa a sensação de falta de preocupação e desmazelo. Com certeza a primeira impressão que você quer deixar como candidato é o oposto disso.
Utilizar fontes pesadas e cheias de informação – Elas podem tirar a seriedade do documento, pesar o layout e até mesmo prejudicar a leitura e entendimento. O tamanho é outra coisa que pode atrapalhar na leitura das informações, quando ele é menor que 9 ou maior que 12.
Ter mais de uma página – Um currículo com muitas páginas é desnecessário e cansativo. Provavelmente vai conter detalhes que pouco ou nada agregam e enchimento de linguiça. Dentro do processo seletivo existem outros momentos momentos para falar sobre você mesmo, então calma, o currículo deve ser um resumo compacto que faça o recrutador querer saber mais sobre você e o chame para uma entrevista.
Deixar os dados mais importantes pro final – Desse modo o recrutador pode perder o interesse em você logo nas primeiras linhas, sem nem ao menos ver o diferencial que você tinha a mostrar. As informações devem ser dispostas na ordem cronológica reversa, para que as mais recentes apareçam primeiro.
3. Colocar foto
Jamais coloque foto, ela de nada ajuda, mas pode atrapalhar. Ela só serve para abrir espaço para preconceito e outras condutas que as empresas sérias e éticas têm combatido cada vez mais. A menos em casos de exceção, se for uma vaga de modelo ou ator, por exemplo. Caso o contrário, nada de fotos.
4. Mencionar a remuneração atual ou pretensão salarial
Nem salário, nem pretensão salarial ou qualquer informação atrelada a benefícios. Isso porque fornecer essas informações sem saber o orçamento destinado à posição, faz com que você possa perder a vaga sem ao menos poder falar que a aceitaria por um salário menor. Portanto ancorando o salário para cima ou para baixo, acabando com a chance de ser chamado para as próximas etapas.
5. Exagerar nos contatos e endereço
Nada de excessos! Claro que é preciso ter contato e endereço, mas saiba dosar, colocando apenas o que é crucial. Lembre-se de que você tem pouco espaço, então sem desperdícios com itens sem necessidade ou repetitivos.
Colocar mais de uma opção de telefone – Além de ocupar um precioso espaço, faz com que o recrutador tenha que testar um a um até finalmente acertar. Vai contar com a sorte dele ter paciência e tempo para isso?
E-mail inapropriado ou sem acesso – Colocando um e-mail do qual tem pouco ou nenhum acesso, você está jogando sua oportunidade no lixo. Utilizar e-mails infantis ou muito informais também podem queimar seu filme logo na largada. Desapegue daquele seu e-mail da infância!
Colocar informações precisas sobre a localização geográfica – Exclua nome da rua e CEP, eles são informações sem usabilidade prática para o momento de seleção. Portanto bairro e cidade são suficientes, tendo que colocar o país apenas quando o documento será enviado para outro país.
6. Dados pessoais sem relevância
Informações pessoais são indispensáveis, mas saiba quais podem e devem ficar de fora:
Nacionalidade – Essa informação é desnecessária, a menos que você tenha mais de uma.
Colocar a data de nascimento – Já pensou o recrutador ter que parar para fazer a conta em todos os currículos que recebe? além disso ser chato, rouba o tempo e atenção que poderiam ser dispostos para informações mais relevantes. Portanto, coloque sua idade atual direto e sem firulas.
Gênero – O nome deixa claro seu gênero? Caso sim, não há necessidade de colocar. Agora se o seu nome gera dúvidas ou quando enviado para recrutadores de outro idioma, aí sim ele pode ser inserido.
Documentos pessoais como RG e CPF– Deixe eles de fora! No momento que eles forem necessários, serão solicitados. Pode até ser perigoso sair distribuindo seus dados por ai e eles caírem na mão de uma pessoa de índole duvidosa. Por certo é melhor se prevenir.
7. Objetivo
Elimine esse bloco! Esse campo restringe as oportunidades, portanto é recomendado apenas quando se busca uma posição extremamente específica. Caso contrário, é provável que ele funcione de forma negativa, eliminando posições correlatas ou fora da caixa. Assim, quanto mais específica for essa informação, menor o número de vagas compatíveis disponíveis. Além disso, como as empresas possuem nomes distintos para os mesmos cargos, pode subestimar ou supervalorizar a pretensão do candidato.
8. Mentira
A mentira, que por muitos é vista como vantagem no principio, no fim pode acabar com a sua chance. Desse modo, se o candidato mente antes de entrar na organização, como saber que poderá confiar nele depois da admissão? Então NUNCA algo deve ser inventado, aumentado ou escondido. Além de antiético, atitudes assim podem causar estragos sem volta a reputação do candidato tanto para a oportunidade atual, quanto para as futuras. Portanto, como o velho ditado já dizia, a mentira tem perna curta! Certamente o que no passado passava batido hoje se detecta em um clique.
9. Experiências
A forma como você dispõem e fala sobre suas experiências faz diferença:
Colocar as experiências de toda a vida – Deixe de fora as experiências que nada têm a ver como cargo em questão. Devendo restringir sempre que possível às 3 últimas experiências. Utilizando mais que isso apenas se for algo de grande peso.
10. Ignorar informações adicionais
Deixar de fora seus diferenciais, ou seja, aquelas informações que são extras e fora do padrão, pode fazer com que você fique em colocação inferior aos candidatos com menos fatores positivos que você.
O que pode entrar nesse bloco:
Idiomas – O nome da escola de idiomas ou qualquer certificação são desnecessários. Outro erro é deixar de indicar o idioma e seu nível de proficiência nativo, fluente, negócios e básico.
Estágios de outras naturezas, atividades extras, qualificações adicionais e habilidades tecnológicas.
Hobbies, paixões, atuação voluntária e outros projetos.
Experiência internacional.
Prêmios, pesquisas e bolsa de estudos.
11. Encher linguiça
O currículo é um lugar de pouco espaço e nele precisa caber todas suas informações relevantes para gerar interesse no recrutador. Portanto é desperdício de espaço ficar alongando sobre temas de pouco peso para a posição atual.
Encher linguiça no currículo é inaceitável, mesmo se você tiver poucas experiências. Se esse for seu caso caso, foque em as quantificar, ou seja mostrar quanto e como contribuiu para empresa, destacar projetos marcantes, sempre colocando qual foi de fato seu papel neles.
Relações Públicas pela UEL e pós-graduanda em Influência Digital. Atuou com rede de franquias e nos seguimentos de saúde, metalurgia e telecomunicações. Realizando ações de marketing, social media, relacionamento com os públicos, eventos e atendimento.